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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vendo apenas o que se quer Ver


Diz a lenda que Narciso, o mais belo dentre todos os jovens gregos ao contemplar a própria imagem refletida no espelho das águas de uma fonte se apaixona por si mesmo. Ao tentar tocar aquele ser tão belo a imagem se desfaz, então já que não podia tocar passava seus dias a contemplar a si mesmo, não comia, não saí do lugar apenas ficava contemplando a própria imagem refletida na fonte, morrendo assim ao seu lado.
As Ninfas das florestas e dos bosques vieram todas então chorar e lamentar a morte de Narciso. Chegando à fonte onde Narciso morrera e falaram assim: “Oh fonte bem aventurada eras, pois todo o dia pôde contemplar tanta beleza. No que a fonte responde: “E Narciso era realmente belo”? As Ninfas se espantaram com aquela resposta, afinal era debruçado na fonte que Narciso se contemplava, no que a fonte responde: “É verdade, contudo quando Narciso vinha se contemplar em meu leito tudo o que eu via era minha própria imagem refletida em seus olhos.”
Este pequeno mito traz em si uma grande lição, a cada dia mais nos tornamos cegos para tudo ao nosso redor e enxergamos apenas o que nos convém. Nosso individualismo nos impede de ver o que está além de nossos interesses, nos tornamos cegos para qualquer coisa onde não sejamos nós o centro das atenções. Olhar o próximo, pra que? Que proveito poderíamos tirar dessa situação? Assim caminha nossa sociedade, o pragmatismo que comanda nosso modus vivendi nos torna seres egoístas, mesquinhos, e que julgam todas as coisas pelos nossos próprios interesses. Vamos vivendo de uma forma que a única coisa que enxergamos é o que nos convém...